segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Crítica à adaptação cinematográfica de The Mortal Instruments: City Of Bones



Como sou amante do mundo dos Caçadores de Sombras de Cassandra Clare e, também como já tinha visualizado inúmeros trailers, inclusivamente, sneak peeks sobre o filme, as minhas expectativas estavam altas quanto a City Of Bones.
Este era um livro muito complexo para uma adaptação cinematográfica, passando pelo facto do livro possuir um pouco mais de 400 páginas de narrativa. Portanto, dou desde já, os meus parabéns a Harald Zwart (realizador) por ter compactado tantas páginas num filme de 130 minutos muito bem passados!
É uma adaptação fiel ao livro, apesar de (na minha opinião), por vezes até o suplantar em determinadas cenas.
Ombreando o livro, é um filme com romance, mistério, muitaaaa acção, suspense, fantasia ao rubro e humor!
Agora, gostaria de me debruçar sobre os aspectos + e - positivos quanto a esta adaptação.
Começando pelos - positivos...
A minha cara Isabelle Lightwood!
Primeiro, deixem-me dizer-vos que adoro esta personagem, isto é... no livro!
Não que Jemima West não tivesse feito um bom trabalho; gostei muito de ver o seu espírito guerreiro, a sua cabeça fria e, sobretudo o seu sentido de família, trabalho em equipa; gostei bastante de ver o seu lado mais protector, até (atrevo-me a dizer) mais maternal. Tenho muita pena que não tivesse sentido esta personagem mais viva no decurso do filme, embora ela aparecesse numa cena em que mostra os demónios a Simon e, no final, aquela cena em que ela literalmente queima demónios com a ajuda do mundi... Mesmo assim, soube-me a pouco! Gostava de a ter visto mais e de a ter visto mais sensual, uma femme fatale, que tão bem caracteriza esta personagem.
Agora! Clarissa Fray!
Desde o momento em que soube que Lily Collins seria a protagonista deste filme, fiquei desiludida.
Penso que a actriz não soube passar o lado mais arisco, hiperativo e rebelde de Clary. Estava à espera de ver a actriz com o cabelo muito-MUITO mais encaracolado, porque Clary é assim e acima de tudo, porque faz parte da sua personalidade. Aquela sua mudança de visual - o fato de couro, preto, típico dos Caçadores de Sombras - foi talvez uma decisão antecipada. Isto, pela simples razão de quase não conseguir diferenciar a Clary de Isabelle, isto em termos visuais e, era importantíssimo conseguir fazê-lo.
Digamos que também fiquei um pouco chocado ao ver Clary MAIS ALTA do que Isabelle!
E este seria um problema facilmente resolvido (uma com saltos altos, outra sem estes).
Talvez esteja a ser um pouco picuinhas, mas para mim os pequenos pormenores contam muito.
A cena da estufa entre Clary e Jace foi... tão... óbvia! Podia ter sido melhor trabalhada!
O aspecto mais negativo é, sem dúvida, o soundtrack! Detestei!
Demasiado lamechas! Especialmente na cena que acabei de mencionar em cima!
Bem... passando aos aspectos + positivos!
Quando soube que Lily seria Clary e Jaimie seria Jace, fiquei muitíssimo preocupada!
Não os conseguia imaginar a ser um couple tão bonito quanto são no livro. Enganei-me!
Eles têm muita química e isso é caminho meio andando para obter cenas românticas com qualidade.
Adorei aquela expressão que Jaimie fez tão bem; aquela que, quando mira Clary diz tudo o que ele sente.
Gostei muito de ver Kevin Zegers como Alec e em como a sua personagem estava em sintonia com Jace; Apreciei, portanto, aquele lado de irmão mais velho ao estar constantemente a avisá-lo, prevenindo-o.
A cena entre Alec e Clary, em que o primeiro aperta as goelas à segunda (passo a expressão) foi muito gira, muito bem conseguida.
Simon! O querido, querido Simon! Adorei ver Robert Sheehan como Simon Lewis, acho que ele passou todas as características da sua personagem ao espectador. Fez um bom trabalho! Quero acrescentar, também, a boa interacção que ele teve com as restantes personagens, em especial Isabelle (by the way, adorei o chicote-barra-pulseira da Lightwood!).
AMEI todas as cenas de luta e, o meu top 3 é:
1º) Hotel Dumort (gostei bastante das alterações que o realizador fez, em relação ao original);
2º) A última cena na casa de Madame Dorothea;
3º) As lutas entre Jace e Valentine (a propósito, Jonathan Rhys Meyers esteve muito bem no seu papel).
A cena final da moto (Jace & Clary) também sofreu alterações, mas para melhor, logo, gostei.
Hum...
Penso que isto é tudo o que eu queria dizer...
Espero que tenham gostado. Comentem!

P.S. foi uma pena o realizador ter cortado a cena do Taki's e a cena em que Isabelle tenta cozinhar... contudo, eu compreendo perfeitamente que adaptar todas as cenas seria impossível!

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